sábado, 28 de março de 2009

SÉRIE RIOS BRASILEIRO - 2ª PARTE

RIO SÃO FRANCISCO.
O rio São Francisco, "Rio da Unidade Nacional", com 2.624km de extensão, bacia de 631.666 km2, é o maior rio genuinamente brasileiro, considerado assim porque da nascente à foz banha terras brasileiras. É o terceiro maior rio do Brasil. Nasce na serra da Canastra, em Minas Gerais após seguir um pequeno trecho na direção leste, vai para o norte por uma longa extensão e adentra no estado da Bahia. Muda bruscamente de direção nesse estado, onde se encaminha para o leste e depois sudeste, formando um grande arco até a embocadura. Típico rio de planalto, com trechos navegáveis, é entrecortado de corredeiras e cachoeiras. Separa o estado da Bahia dos estados de Pernambuco e Alagoas, também faz devisa do estado de Alagoas com Sergipe. As duas áreas de maior densidade demográfica do Brasil, Sudeste e zona da Mata nordestina, estão ligadas pelo rio São Francisco, sendo por isso denominado "Rio da Unidade Nacional". Descoberto pela frota exploradora de Américo Vespúcio, em 4 de outubro de 1501, os índios que habitavam a região chamavam-no de “Opara,” que significa “rio-mar”. “São Francisco” foi assim chamado em homenagem a são Francisco de Assis, cuja festa se comemora nesta data. Representa a força de todas as correntes étnicas do Brasil, porque uniu as raças desde as camadas humanas mais antigas às estruturas étnicas e políticas mais recentes do País. Aproxima o sertão do litoral e integra homens e culturas. As fontes de vida e de riqueza de suas águas possibilitam o múltiplo uso do seu potencial hídrico, para abastecimento humano, agricultura irrigada, geração de energia, navegação, piscicultura, lazer e turismo. Ao longo de sua extensão aparecem várias quedas d'água, destacando-se a Cachoeira Grande, com 2.800m de extensão; a Cachoeira de Pirapora, que faz limite entre o curso alto e médio do rio; a Cachoeira de Sobradinho, com 5km de extensão; Itaparica, a quarta cachoeira do alto ao Baixo São Francisco que, com seu grande volume de água, dá ao sítio um aspecto pitoresco e a Cachoeira de Paulo Afonso, a cascata mais alta do mundo com os seus 82 metros de fundo e de beleza natural ímpar. É dotado de um grande potencial hidráulico. Sendo responsável por boa parte da geração de energia do país, também é bastante navegável, o que propicia eficiência no transporte de cargas. Possui uma grande importância econômica na região por onde passa e também social ao fornecer água e alimento (peixes) para a população.
Quinhentos anos depois de seu descobrimento, o rio São Francisco é, ainda hoje, o principal recurso natural que impulsiona o desenvolvimento regional, gerando energia elétrica para abastecer todo o Nordeste e parte do estado de Minas Gerais, através das hidrelétricas de Paulo Afonso, Xingó, Itaparica, Sobradinho e Três Marias. Importante ressaltar que no trecho mineiro, o São Francisco tem grandes afluentes perenes: Paracatu, Pardo e Carinhanha, margem esquerda; Velhas e Verde Grande, margem direita. Pirapora e Januária são as principais cidades ribeirinhas no trecho de Minas Gerais, mas nos altos vales dos afluentes da margem direita situam-se Belo Horizonte, capital estadual e regional, e Montes Claros, além de outros núcleos importantes do vale do Velhas, como Sete Lagoas, Curvelo e Corinto. As cidades do trecho médio inferior têm características tipicamente sertanejas. Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), ligadas por uma ponte, são cidades-gêmeas que conseguiram romper o isolamento do médio vale, dispondo de ligação rodoviária e ferroviária com Salvador, chapada Diamantina e os sertões de Pernambuco e Piauí. Há alguns anos, vários problemas de natureza social e econômica vêm afetando o percurso natural do rio, como o assoreamento, o desmatamento de suas várzeas, a poluição, a pesca predatória, as queimadas, o garimpo e a irrigação. Diante de sua extraordinária importância para o Brasil, no decorrer desses 500 anos de exploração, o “Velho Chico” necessita de um melhor tratamento. A sua preservação se faz necessária e urgente, para que ele possa ser útil também às futuras gerações.
Merece destaque a polêmica "revitalização x transposição" do Velho Chico, fato que já se arrasta por alguns anos e ainda é motivo para acaloradas discussões. A idéia de transposição das águas existe desde da época de Dom Pedro II. Conforme seus defensores é vista como uma solução para a seca do nordeste. São aspirações antigas defendidas com ferrenhos discursos, quer nas regiões afetadas pela necessidade d’água , assim também por integrantes de órgãos governamentais que tratam deste tema.
Refere-se e um polêmico e antigo projeto de transposição de parte das águas do rio São Francisco, "Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional". Empreendimento do Governo Federal, sob responsabilidade do Ministério da Integração Nacional – MI. Prevê a construção de dois canais que totalizam 700 quilômetros de extensão. Teoricamente, irrigará a região nordeste e semi-árida do Brasil. A polêmica criada por esse projeto tem como base o fato de ser uma obra cara e que abrange somente 5% do território e 0,3% da população do semi-árido brasileiro e também que se a transposição for concretizada afetará intensamente o ecossistema ao redor de todo o rio São Francisco. Outro ponto da polêmica argumenta sobretudo pela destinação do uso da água, que será retirada de regiões onde a demanda por água para uso humano e animal é maior que a demanda na região de destino. Finalmente, o rio São Francisco é um rio de grande importância para os desígnios da região onde passa e também para o Brasil, sendo portanto o futuro do “Velho Chico” no seu total e amplo aspecto, uma responsabilidade de todos nós, considerando então por tudo este assunto; como de extrema relevância e do interesse de todos.

SANFONINHA CHORADEIRA. LUIZ GONZAGA E ELBA RAMALHO.

sexta-feira, 20 de março de 2009

UMA GOTA DE ÁGUA

PEQUENOS GESTOS SÃO COMO GOTAS D'ÁGUA.
“Você já parou, alguma vez, para observar uma pequena gota d’água? Uma pequena gota d’água que se equilibra na ponta de um frágil raminho... E com graciosidade desafia a lei da gravidade, se balançando nas bordas das folhas ou nas pétalas de uma flor. São gotas minúsculas, que enfeitam a natureza nas manhãs orvalhadas e permanecem como pequenos diamantes líquidos, depois que a chuva se vai. É por isso que um bom observador dirá que a vida seria diferente se não existissem gotas de água para orvalhar a relva e amenizar a secura do solo. Madre Tereza de Calcutá foi uma dessas almas sensíveis. Um dia, um jornalista que a entrevistava disse-lhe que, embora admirasse o seu trabalho junto aos pobres e enfermos, considerava que o que ela fazia, diante da imensa necessidade, era como uma gota d’água no oceano. E aquela pequena sábia-mulher, lhe respondeu: “Sim, meu filho, mas sem essa gota d’água o oceano do amor seria menor.” Sem dúvida uma resposta simples e extremamente profunda. Pois sem os pequenos gestos que significam muito, a vida não seria tão bela...
Um aperto de mão, em meio a correria do dia-a-dia... Um minuto de atenção a alguém que precisa de ouvidos atentos, para que não caia nas malhas do desespero... Uma palavra de esperança a alguém que está à beira do abismo. Um sorriso gentil a quem perdeu o sentido da vida. Uma pequena gentileza diante de quem está preso nas armadilhas da ira. O silêncio, frente à ignorância disfarçada de ciência... A tolerância com quem perdeu o equilíbrio. Um olhar de ternura para quem pena na amargura.
Pode- se dizer que tudo isso são apenas gotas d’água que se perdem no imenso oceano, mas são essas pequenas gotas que fazem a diferença para quem as recebe. Sem estas atitudes, aparentemente insignificantes, que dentro da nossa pequenez conseguimos realizar, a humanidade seria triste e a vida perderia o sentido. Um abraço afetuoso, nos momentos em que a dor nos visita a alma... Um olhar compassivo, quando nos extraviamos do caminho reto... Um incentivo sincero de alguém que deseja nos ver feliz, quando pensamos que o fracasso seria inevitável...
Todas essas são atitudes que embelezam a vida. E, se um dia alguém lhe disser que esses pequenos gestos são como gotas d’água no oceano, responda, como Madre Tereza de Calcutá, que sem essa gota o oceano de amor seria menor. E tenha certeza disso, pois as coisas grandiosas são compostas de minúsculas partículas.
Sem a sua quota de honestidade, o oceano da nobreza seria menor. Sem as gotas de sua sinceridade, o mar das virtudes seria menor. Sem o seu contributo de caridade, o universo do amor fraternal seria consideravelmente menor. E jamais acredite naqueles que desconhecem a importância de um pequeno tijolo na construção de um edifício.
Lembre-se da minúscula gota d' água, que delicadamente se equilibra na ponta do raminho, só para tornar a natureza mais bela e mais romântica, à espera de alguém que a possa contemplar. E, por fim, jamais esqueça que são essas mesmas pequenas e frágeis gotas d' água que, com insistência e perseverança conseguem esculpir a mais sólida rocha. Também lembrese que os córregos, riachos, rios e mares são resultados da união destas pequenas e frágeis gotículas d’água.” a.D.
Madre Teresa de Calcutá, nome verdadeiro é Agnes Gonxha Bojaxhiu, missionária católica albanesa, nascida na República da Macedônia em 27 de Agosto de 1910. Naturalizada indiana e beatificada pela Igreja Católica. Considerada a missionária do século XX, concretizou o projeto de apoiar e recuperar os desprotegidos na Índia, através da sua congregação “Missionárias da Caridade”. Conhecida por seu carisma em ajudar os mais pobres. Defendia o pensamento: “Não usemos bombas nem armas para conquistar o mundo. Usemos o amor e a compaixão. A paz começa com um sorriso”. Teve o reconhecimento mundial do seu trabalho com o "Templeton Prize (1973)", e com o "Nobel da Paz (1979). Morreu em Calcutá (1997), aos 87 anos. Seu trabalho missionário continuou através da irmã Nirmala, eleita como sua sucessora.

sábado, 14 de março de 2009

TEXTO DE CHICO XAVIER

AMANHÃ.
"Amanhã farei.”, diz o preguiçoso. Exclama o fraco: "amanhã, terei forças.” Assevera o delinqüente: "amanhã me regenarei.”
É imperioso reconhecer, porém, que a criatura, adiando o esforço pessoal, não alcançou, ainda, em verdade, a noção real do tempo.
Quem não aproveita a bênção do dia, vive distante da glória do século. Alma sem coragem de avançar cem passos, não caminhará vinte mil.
O lavrador que perde a hora de semear, não consegue prever as conseqüências da procrastinação do serviço a que se devota, porque, entre uma hora e outra, podem surgir impedimentos e lutas de indefinível duração.
Muita gente aguarda a morte para entrar numa boa vida, contudo, a lei é clara quanto à destinação de cada um de nós. Alcançaremos sempre os resultados a que nos propomos. Se todas as aves possuem asas, nem todas se ajustam à mesma tarefa, nem planam no mesmo nível.
A andorinha voa na direção do clima primaveril, mas o corvo, de modo geral, se consagra, em qualquer tempo, aos detritos do chão.
Aquilo que o homem procura agora, surpreenderá amanhã, à frente dos olhos e em torno do coração.
Cuida, pois, de fazer, sem delonga, quanto deve ser feito a benefício de tua própria felicidade, porque o amanhã será muito agradável e benéfico somente para aquele que trabalha no bem, que cresce no ideal superior e que se aperfeiçoa valorosamente, nas abençoadas hora de hoje."
Autor Espiritual: Emmanuel. Psicografada por: Chico Xavier
Chico Xavier (Francisco Cândido Xavier), nasceu em Pedro Leopoldo (interior de Minas Gerais), no dia 2 de Abril de 1910. Teve seu primeiro contato com a Doutrina Espírita em 1927, momento em que começou a desenvolver sua mediunidade. Ficou muito conhecido, por sua humanidade e assistência ao próximo. Considerado um dos mais relevante espíritas do Brasil. Escreveu mais de quatrocentos livros, mas nunca admitiu ser o autor de nenhum. Nunca aceitou o dinheiro lucrado com a sua venda, doando os direitos autorais para Federação Espírita. Faleceu em 2002 com noventa e dois anos de idade.

segunda-feira, 9 de março de 2009

POEMA DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

RECOMEÇAR.
"Não importa onde você parou…
Em que momento da vida você cansou…
O que importa é que sempre é possível e necessário “Recomeçar”.
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo…

É renovar as esperanças na vida e o mais importante…
Acreditar em você de novo.
Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado…Chorou muito? Foi limpeza da alma…
Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia…
Sentiu-se só por diversas vezes? É porque fechaste a porta até para os anjos…Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da tua melhora…

Pois é… Agora é hora de reiniciar… De pensar na luz…
De encontrar prazer nas coisas simples de novo.
Que tal um corte de cabelo arrojado… Diferente? Um novo curso… Ou aquele velho desejo de aprender a pintar… Desenhar… Dominar o computador… Ou qualquer outra coisa…
Olha quanto desafio… Quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te esperando.
Tá se sentindo sozinho? Besteira… Tem tanta gente que você afastou com o seu “período de isolamento”…Tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu para “chegar” perto de você.
Quando nos trancamos na tristeza… Nem nós mesmos nos suportamos… Ficamos horríveis… O mau humor vai comendo nosso fígado… Até a boca fica amarga.

Recomeçar… Hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você quer chegar? Ir alto… Sonhe alto… Queira o melhor do melhor… Queira coisas boas para a vida… Pensando assim trazemos prá nós aquilo que desejamos…
Se pensamos pequeno… Coisas pequenas teremos…
Já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente se lutarmos pelo melhor… O melhor vai se instalar na nossa vida.
E é hoje o dia da faxina mental… Joga fora tudo que te prende ao passado… Ao mundinho de coisas tristes… Fotos…Peças de roupa, papel de bala…Ingressos de cinema, bilhetes de viagens… E toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados…Jogue tudo fora…
Mas principalmente… Esvazie seu coração…
Fique pronto para a vida… Para um novo amor… Lembre-se somos apaixonáveis… Somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes…
Afinal de contas… Nós somos o “Amor”… ”
Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.”

Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902.. Formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores "A Revista", que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema e ministro da Educação até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil. Poeta autor de várias obras, que foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa. Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obras escritas; quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.

sábado, 7 de março de 2009

DICAS PARA SAÚDE 3

MELANCIA.
A melancia, fruta de desenvolvimento rasteiro, atinge um tamanho considerável, podendo pesar em média de 5 a 10 quilos. Tem o formato (arredondado /oval) com casca lisa na cor verde escura e clara com listras. Além de doce, é muito nutritiva e refrescante. Composta de uma polpa avermelhada e suculenta, apresenta internamente várias sementes pretas e pequenas. Estima-se que aproximadamente noventa por cento do seu corpo é constituído de água. Segundo estudo a melancia possui hidratos de carbono (açúcar), betacaroteno (provitamina A) e vitaminas do complexo B e C. Também apresenta cálcio, fósforo, ferro e muita água. Possuindo na sua constituição em abundância o licopeno e a glutationa, compostos que são responsáveis para proteger o organismo contra o câncer e a oxidação celular. Portanto é uma fruta muito nutritiva e rica em sais minerais (ferro, cálcio e fósforo) e vitaminas (complexo B, A e C). Por conta do seu grande volume de água, atua como um excelente diurético no corpo humano. Atua também nas propriedades digestivas. É um fruto de baixo teor calórico, cada 100 gramas apresenta apenas 32 calorias. Extra, afirma um estudo divulgado por cientistas da Universidade A&M do Texas, que as melancias contêm componentes similares aos do Viagra e seu consumo poderia aumentar a libido, consequentemente a capacidade amorosa de uma pessoa. Vejam como se referem os cientistas ; "Quanto mais estudamos as melancias, mais nos convencemos de quão assombrosa é a fruta ao proporcionar elementos que fortalecem o corpo humano", disse Bhimu Patil, diretor do Centro de Aprimoramento de Frutas e Vegetais da Universidade A&M. Continuando, "Sabíamos que a melancia era boa para a saúde, mas a lista de seus benefícios aumenta com cada estudo realizado". Acrescentou; “A origem dos benefícios combinados da melancia está na citrulina, uma substância presente nessa fruta que tem a capacidade de produzir um relaxamento dos vasos capilares, que ao ser transformada em um aminoácido chamado arginina, produz maravilhas ao coração, ao sistema circulatório e trabalha para fortalecer o sistema imunológico.”

sexta-feira, 6 de março de 2009

quinta-feira, 5 de março de 2009

SÉRIE RIOS BRASILEIROS. 1ª PARTE

RIO AMAZONAS.
O rio Amazonas corre pelo norte da América do Sul, na sua maior parte em terras Brasileira, é o mais longo rio do mundo, estima-se que sua extensão é de quase 7.100 km. Origina-se no lago Lauri , localizado nos Andes Peruano. Segue em direção geral do sul-norte até Pongo de Manseriche, região em que seu curso segue o caminho oeste-leste, indo até a foz, no Atlântico. No território brasileiro, este grande e importante rio desce de 65m de altitude, em Benjamin Constant, dirigindo-se ao oceano Atlântico depois de uma trajetória superior a 3.000 km. Nasce com o nome de Apurimac a 5.500 m de altura, no território peruano de Arequipa, descendo as encostas da montanha até unir-se ao Urubamba, na divisa de Junín e Ucayali, sendo chamado ai de Ucayali , unindo-se ao rio Marañón (cidade de Nauta, no território de Loreto), formando o Amazonas peruano. Os 3.700 km desde a foz até Iquitos, na Amazônia peruana, são navegáveis para navios de grande calado. Se considerados seus principais afluentes e os trechos navegáveis por embarcações menores, a bacia amazônica representa uma rede de 25.000 km de vias fluviais. O que é muito importante para a população da Amazônia, que se serve do rio como meio de locomoção. É supreendente o fato do rio Amazonas apresentar uma inclinação muito pequena, em todo seu trajeto inclina-se menos de cem metros, num trecho de 3 mil quilômetros em território brasileiro, a inclinação é de apenas 15 metros. Ao entrar no território brasileiro é chamado de Solimões até 30 km a leste de Manaus, onde recebe as águas do rio Negro, passando então a ser o Amazonas. Em seu percurso recebe quase 7.000 afluentes, que em conjunto ocupam uma área de quase 4 milhões de quilômetros quadrados. Os sedimentos arrastados pelas águas totalizam 800 milhões de toneladas por ano, e esses fragmentos de montanhas andinas são carregados pela correnteza até 200 km dentro do Atlântico. A variação média da altura das águas é de 10 m, entre a estação seca e a chuvosa, mas em Manaus essa diferença pode chegar até aos 16 m, fazendo com que a distância entre as margens aumente de 13 para 50 km. Sua largura média é de aproximadamente 5 quilômetros. Em alguns lugares, de uma margem é impossível ver a margem oposta. Na altura de Óbidos (PA), o Amazonas apresenta sua menor largura, com 1.800 m, mas ali também se registra a maior profundidade podendo atingir até 100m, sua vazão nesse ponto é de 200 mil metros cúbicos por segundo. Nas terras da bacia amazônica, encontramos as várzeas; terras próximas ao rio, que são inundadas pelas enchentes anuais ou mesmo diariamente e as terras firmes que nunca são alagadas pelas enchentes. Suas águas provocam o desprendimento das terras das margens, levando-as para outros lugares. Esse fato é conhecido como o fenômeno das terras caídas.
Acontece no Amazonas o famosa Pororoca, principalmente na sua foz, formado pela elevação súbita das águas, provocada pelo encontro das marés ou de correntes contrárias, como se estas encontrassem um obstáculo que impedisse seu percurso natural. Fenômeno em que as águas correm rio a dentro com uma velocidade de 10 a 15 milhas por hora, subindo a uma altura de 3 a 6 metros. A pororoca prenuncia a enchente. Alguns minutos antes de chegar, há uma calmaria, um momento de silêncio. As aves se aquietam e até o vento parece parar de "soprar". É ela que se aproxima. Os caboclos já sabem e rapidamente procuram um lugar seguro como enseadas ou mesmo os pontos mais profundos dos rios para aportar suas embarcações seguras de qualquer dano, pois a canoa que estiver na "baixa-mar", onde ela bate furiosa e barulhenta, levando árvores das margens, abrindo furos; pode arrancar, virar e levar consigo. É percebida de muito longe, o barulho é ensurdecedor, ouvindo-se até com duas horas de antecedência à vinda da "cabeceira". Quando ela passa formam-se ondas menores, os "banzeiros", que progressivamente morrem nas praias.
O Rio Amazonas é extremamente importante para região, contribuindo largamente para o desenvolvimento socioeconômico. O primeiro aspecto a considerar é do alimento e da renda que gera para as populações ribeirinhas, onde estas praticamente sobrevivem da pesca. O segundo fator importante deve-se a navegabilidade, podemos considerar os leitos do rios e seus afluentes como estradas, onde movimentam-se pessoas e cargas, fazendo assim o fluxo da economia na região Norte, também muito relevante é ressaltar a importância que desempenha com relação ao equilíbrio ecológico, ora como regulador do clima em conjunto com seus inúmeros afluentes, na geração da umidade, contribuindo assim para a existência do clima ali predominante, ora com a grande diversidade de espécies vegetais, animais e de pescados. Portanto o rio Amazonas é de extrema importância para o desenvolvimento da região Norte, levando pela imposição das próprias condições regionais, onde o sistema hidroviário é o grande responsável; tanto por abastecer ou transportar pessoas e na circulação das riquezas, permitindo desta maneira o acesso às localidades mais distantes no interior do Estado, proporcionando assim o desenvolvimento dos principais núcleos econômicos daquela região.